Quando falamos a palavra vício automaticamente associamos o termo ao consumo de drogas, cigarro ou álcool. Mas esses são apenas alguns exemplos dentre milhares existentes. Um vício de acordo com o dicionário, é uma dependência física ou psicológica que impele alguém a consumir excessivamente algo, geralmente entorpecente, degenerando ou causando algum prejuízo ao consumidor e aos que com ele convivem. É o costume de fazer sempre a mesma coisa.
Pensando assim concluímos que existem inúmeros outros tipos de vícios, e a maioria deles sequer é relacionado a alguma substância, mas sim a comportamentos. São padrões repetitivos e excessivos que nos trazem prejuízos e nos degeneram. Vi esses dias um estudioso judeu que trouxe um estudo que revelava que vícios geralmente são a tentativa de nosso cérebro de suprir alguma carência, geralmente relacionada a problemas com paternidade. Essa teoria é confirmada também por Freud, um dos exponenciais da psiquiatria e por muitos psicólogos. O vício é um lugar quentinho e confortável que nos acalma, embora cause prejuízos no médio e longo prazo. Esse lugar quentinho e confortável nos impede de avançar na vida e vai nos destruindo gradativamente. É uma resposta inconsciente do nosso cérebro a traumas que sofremos na paternidade. Essa resposta inconsciente tem o intuito de literalmente “dar errado”, como uma forma de protesto contra seu pai. Claro que os vícios causam dependência em outros níveis, mas a sua origem é a tentativa do cérebro de fornecer um refúgio onde o conforto nos impede de avançar na vida.
Pornografia, promiscuidade, ansiedade, comportamentos autodestrutivos, autoritarismo, passividade, vitimismo, necessidade de aprovação, compulsão alimentar, ira, preguiça…existem inúmeras formas da frustração se manifestar. E geralmente alguém com um vício é capaz de qualquer coisa para suprir a sua abstinência. Eu falo isso por experiência própria. Eu me enfiei em diversos vícios, não de substâncias, mas de comportamentos. Eu era capaz de qualquer coisa para ter aquela sensação de bem-estar que o vício me proporcionava. Mas isso estava me destruindo. Eu me afastava das pessoas, me afastava de qualquer objetivo de vida, de qualquer possibilidade de avanço na vida em nome desse pequeno prazer. Em nome daquele lugar quentinho e confortável onde eu podia me proteger dos meus traumas e ficar na minha…E quando eu percebi isso já estava afundado em hábitos que só me destruíam. E vencer esses hábitos foi difícil. Na verdade é uma luta constante, mas em primeiro lugar é necessário romper com o vínculo de vício. Existem diversas técnicas, mas a Programação Neurolinguística, ciência que visa reprogramar nossa maneira de pensar através da linguagem, tem se mostrado eficaz no rompimento de padrões; Após o rompimento dos padrões, deve-se criar uma nova trilha para encaminhar o nosso comportamento ao resultado que desejamos.
Nos próximos artigos estarei discorrendo sobre algumas técnicas para proceder com os desbloqueios.
