De acordo com o cristianismo e diversas outras religiões somos formados por 3 partes: corpo, alma e espírito. Podemos ilustrar assim:
O corpo seria como um carro, ou seja, a parte física;
A alma seria como o piloto desse carro, ou seja, a parte pensante, dominante e que toma as decisões;
E o espírito seria a estrada por onde esse carro anda, ou seja, o caminho, a parte espiritual, transcendental;
Por essa análise não podemos afirmar que existe uma parte mais melhor que outra, mas é de senso comum que o nosso corpo é o “menos importante”. A alma tem a sua nobre missão de governar sobre o corpo o subjugando e seguindo a direção do espírito. Resumindo a alma controla o corpo e segue em direção ao espiritual, ou ao menos deveria ser assim.
Deveria então existir uma sincronia perfeita onde o piloto (alma) dirige o carro (corpo), seguindo a estrada (espírito). A alma dirige o carro de dentro de uma cabine, de um cockpit. Esse cockpit é o nosso cérebro. Ele faz parte do corpo, mas a alma só consegue governar estando de posse de todos os seus instrumentos. No cockpit existe o volante, os pedais, o painel, as alavancas de marcha e tudo mais que dá controle ao piloto do carro. Podemos concluir então que o nosso cérebro controla todo o resto, estando até acima da alma muitas vezes.
E aí que está o perigo. O cérebro é parte do nosso corpo. Ele não deve ter domínio sobre tudo. Ele não pode mandar. Se você deixar a vida te levar ela vai é te levar para o buraco. Devemos subjugar o nosso corpo debaixo do governo de nossa alma.
Nosso cérebro é interessante. Ele controla todo nosso organismo, desde os nossos órgãos involuntários até nossos movimentos musculares voluntários. E é nele que se armazenam as memórias, os aprendizados, as experiências. Nosso cérebro é inteligente e cria padrões comportamentais. Quando passamos por experiências desagradáveis, os traumas, ele cria rotas de fuga para evitar passar por essas situações novamente. A essas rotas de fuga chamamos de bloqueios. Seu cérebro bloqueia tudo que ele associa a essa experiência e cria padrões que nos fazem agir de maneira inconsciente para evitar repetir aquela experiência. É realmente como um bloqueio físico. É algo que impede o avanço.
O problema é que seu cérebro não é seletivo com as experiências. Por exemplo. Pessoas que sofreram traumas na área financeira, tendem a desenvolver atitudes de escassez. Pessoas escassas não conseguem prosperar na vida financeira. A minha família passou por alguns problemas financeiros durante a minha infância. Assim eu acabei desenvolvendo uma insegurança em relação ao dinheiro que me trouxe muitos prejuízos. Eu sempre imaginava que não merecia ganhar um salário bom e me auto sabotava em tudo que se relacionava a essa área. Dinheiro nunca parava na minha mão por exemplo.
Outro problema que eu tive foi em relação a paternidade, pois meu pai abandonou a minha mãe quando ela estava grávida de mim. Eu desenvolvi um sentimento de rejeição muito forte e não conseguia me relacionar com Deus como se ele fosse meu Pai, pois para mim pai era um conceito negativo e ausente. Devido a essa rejeição eu desenvolvi também uma necessidade de aprovação muito grande, pois inconscientemente eu sentia que precisava fazer algo para que gostassem de mim. Sentimentos de culpa e condenação também me assombravam, e me impediam de viver a plenitude de Deus na minha vida.
Mas existe uma saída para esses traumas. Você não pode dar ouvidos ao seu cérebro. Lembre. Seu cérebro é parte do seu corpo. Quem tem que dominar é a sua alma, e seguindo o seu espírito. E seu espírito deve estar ligado a Deus! Substitua seus traumas, seus bloqueios por atitudes prósperas e decididas. Isso não é espiritual, embora afete seu relacionamento com Deus profundamente.