Na minha luta contra hábitos nocivos eu percebi uma coisa muito interessante: sempre que estava engajado em um propósito, a chance de incorrer em uma queda reduzia drasticamente. Essa é uma informação um tanto rasa para se criar uma teoria, mas eu ouso dizer que a produtividade nos cria uma espécie de blindagem contra vícios e compulsões.

Talvez a explicação para essa observação seja que quanto mais ocupados menos temos a tendência de pensar em bobagens. Aquela velha história: mente vazia oficina do diabo. Quando estamos gastando energia naquilo que produzimos, a ansiedade, que é um grande responsável por gerar compulsões, é reduzida e nós temos menos probabilidade de cometer algum ato repetitivo prejudicial.

Como já citei diversas vezes aqui, os vícios e compulsões tem origem em uma fuga do nosso cérebro de algo que ele julga negativo. Para evitar reviver uma sensação desagradável, nosso cérebro cria rotas alternativas. Uma das respostas mais comuns do nosso cérebro contra a ansiedade é a busca por algo que alivie o stress. Aí nascem alguns vícios muito comuns hoje em dia: internet, celular, pornografia, procrastinação, preguiça e diversos outros.

Outra fuga muito comum é comportamentos autodestrutivos e depreciativos que nos colocam em uma posição de vítima. Vítimas criam barreiras contra a auto responsabilidade e deixam de protagonizar as suas vidas. Se a circunstância me domina eu não tenho obrigação de fazer nada.

Outro fator a se pensar são os sentimentos gerados pela improdutividade. Quanto menos geramos valor, maior a sensação de que não estamos avançando. O ser humano tem a necessidade de avançar, conquistar, dominar. Isso faz parte da sua essência, e, portanto, a inércia gera sentimentos nocivos e autodestrutivos.

Sendo assim, a importância de engajamento em projetos nos dá a sensação de avanço e de conquista e evita que nos prostremos diante da incapacidade.

Assuma o protagonismo da sua vida. Decida estudar, perder peso, fazer um exercício físico. Empreenda, crie um site, escreva. Acorde cedo, se relacione com as outras pessoas. Não aceite de maneira nenhuma ser um improdutivo.

Você tem muito que contribuir com o mundo!